7/27/2005

Aviso à navegação

O site Diz Que Disse encontra-se temporariamente desligado.
Embora eu goste de pensar que foi vítima de uma conspiração do governo para encobrir as verdades que lá são afixadas, a realidade é - neste caso - menos excitante que a ficção. Trata-se de um problema de mudança nos servidores de alojamento.
É por isso que algumas imagens também não estão a ser carregadas neste blog (pois era no ex-servidor do DQD que estavam alojadas).
Em princípio, a coisa estará resolvida dentro das próximas 24 horas.

Agradece-se a compreensão.
É claro que, se não quiserem compreender, o problema é todo e unicamente vosso!

Obrigado pelo tempo perdido (porque foi realmente perdido).

7/26/2005

Não à discriminação!

Hoje em dia fala-se muito de "oportunidades iguais". De pensar nos mais desfavorecidos. Do não à discriminação.
Sou contra a ideia da discriminação selectiva per se, mas não sou contra a discriminação de uma forma geral.
Não gosto de ver pessoas discriminadas por causa da cor da pele, das preferências sexuais ou por gostarem mais de Nestum de mel do que Nestum de chocolate (apesar daqueles que gostam mais de Nestum de mel estarem completamente ERRADOS!). Mas acho que não há mal algum em considerar-me um ser discriminatório num sentido mais lato.
Afinal, não é a discriminação que nos permite coisas tão simples como escolher um dos pratos do dia num restaurante?

- Oh, meu amigo, sabe, o bacalhau assado soa-me bastante bem mas eu não gostava de discriminar as almôndegas...

Se forem a um dicionário, rapidamente perceberão que a discriminação tem como sinónimos "diferenciação", "distinção", "discernimento", etc. (tudo palavras começadas por "d". Será que a própria definição de "discriminação" é discriminatória?)
Ou seja, a discriminação é algo essencial para o ser humano. Só assim ele consegue tomar decisões e andar com a sua vida para a frente.
O termo tem hoje uma conotação muito negra por causa de problemas raciais, problemas de género, etc. Mas não se confunda isto com a necessidade que se tem de possuir atitudes discriminatórias para se poder tomar decisões.

É claro que, apesar de serem assuntos actualmente dotados de uma "politiquice correcta", há problemas que são tratados publicamente como a religião na Idade Média. Tem de se ter cuidado com o que se diz e não se pode ofender ninguém.
E como tanta gente passa tanto tempo a falar desses problemas (raciais e afins), acaba-se por - paradoxalmente - discriminar outros problemas que também deviam ser falados.

Tome-se o caso dos invisuais (vulgo cegos).
As inscrições em braille estão na moda. Até é considerado in ter inscrições em braille em qualquer casa-de-banho lisboeta. Ele é inscrições em braille em elevadores, nas entradas de edifícios, apitos para facilitar a passagem de um lado da rua para o outro, etc. Há até uma marca de roupa interior que está a trabalhar numa linha de lingerie em braille para que os invisuais não sintam que a sensualidade lhes está a passar ao lado. Existem livros gravados em K7's e CD's em quase todas as bibliotecas.
Ou seja, os cegos - dentro do mal que os aflige - até parecem não ter sido completamente esquecidos.
Então e os radio-telegrafistas?!
Os radio-telegrafistas continuam esquecidos, vítimas da atenção preocupante que a sociedade dá a todas as outras pessoas.

Por isso, e porque o DQD sempre foi um espaço tolerante (afinal, nunca foi apagado um comentário de um leitor, fosse um comentário inteligente ou completamente alarve), vou colocar um marco neste blog e fazer a primeira mensagem em código de morse, especialmente dedicada a radio-telegrafistas e entusiastas dessa forma de comunicação.

Não precisam de me agradecer! Um gajo faz o que pode...

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PS: sinta-se à vontade para deixar aqui um comentário em código de morse, se for essa a sua preferência

PPS: peço desculpa aos radio-telegrafistas pela falta de pontuação. Não é que não esteja prevista no código. Eu é que não o conheço assim tão bem.

PPPS: o plano para o futuro é criar uma cópia deste blog em código de morse e incluir ficheiros MP3 com os sinais sonoros respectivos, podendo assim satisfazer a crescente comunidade de radio-telegrafistas invisuais deste país.

Pensem nisto, seus discriminados mentais...

7/25/2005

Macacadas


Simão é um macaco.
É inteligente.
É conhecido no meio como " O Macaco Simão".
Ele não gosta que lhe chamem macaco. Sente-se ofendido. Pouco evoluído.
Transtornado.
Na realidade, Simão deve ser o macaco mais inteligente em existência.
Não apenas isso, como também deve ser mais inteligente que muitos humanos.
Aos 5 anos de idade, Simão aprendeu a ler.
Aos 7 anos, como forma de complemento do seu curso universitário de Física teórica, Simão foi responsável pela tradução de dezenas de livros para a Língua Portuguesa.

A verdade acerca da sua existência tem sido encoberta, parcialmente por causa da sua relação com o meio editorial. Como explicar aos potenciais leitores que estão a comprar um livro traduzido por um macaco?
Aos 9 anos, já com o curso de Física terminado e prestes a elaborar a sua tese de doutoramento sobre Mecânica Quântica, o macaco Simão foi abordad...
...porra! Detesto quando a minha inspiração vai de férias antes de mim!!

Voltem amanhã.
Pode ser que sejam mais bem atendidos...

7/21/2005

Uma interessante investigação

Já augélm ovuiu flaar nmua iventsgaãço mituo itnessatnere reliadaza na Uvinesridade de Bmiadnton?
Ao que preace, se tcarromos as lrteas dnerto das plavaras mas mnaveitmros a pirriema e a útlmia lrtea no stiío, etãno cguionesermos ler a mnegesam qsaue com a msema fuildez. Itso psasa-se pqorue o cbréerro hmunao lê aenpas uma ptare das plavaras e o rteso é pcorsesado mtleanneme.

Baos ntíoicas praa os afanlaebtos que adanubm por etse pías froa, ptontrao.

E tébmam praa o DQD. Pios aroga pedoeri evercser meons (e os lorteies que rcieiem o rsteo!)

Pneesm ntsio, sues dtroesacdos mnteais...

A economia nacional

- Estou sim? Sandra?
- Sim.
- Aqui é o André Toscano, tudo bem?
- Ah! Olá, André!
- Sabes porque é que estou a ligar, não sabes?
- Pois, julgo que sim... Mas olha, não sei se...
- Julgas que sim... tão fofa! Dinheiro! Massa! Cacau! Graveto! Pilim! Guita! Enfim, tu sabes o que é que precisamos.
- Sim, eu sei.
- E estamos à espera há uns tempitos, Sandra...
- Pois, eu sei. Desculpa. É que isto está complicado...
- Eu explico-te, Sandra. Vocês devem-nos algumas massas, e nós precisamos delas. Ora se vocês têm esse dinheiro e nos derem, vocês ficam um pouco mais pobres, mas nós ficamos um pouco melhor! (risinhos)
- Aham...
- Nós estávamos com o mesmo problema há uns tempos atrás: "Ah, e tal! Precisávamos de fazer umas obras mas não sabemos se vamos conseguir...". E sabes que mais?
- O quê?
- Fizemos o raio das obras e agora estamos a pagá-las.
- Ok.
- Por isso, nós precisamos de dinheiro para pagar tudo. E como vocês têm dinheiro para nos pagar, nós pensámos que... estás a ver a ideia, não estás, Sandra? É um ciclo vicioso.
- Claro, André. Olha, eu vou falar com a contabilidade e vamos ver o que podemos fazer.
- Obrigado, Sandra. Em todo o caso, se preferires posso sempre aparecer aí no vosso escritório com dois pastores alemães, violar-vos a todas, filmar e pôr as gravações na net!
- Credo! (risos) És sempre a mesma coisa, Toscano!
- Então e tu? Continuas jeitosa?
- Não sei...
- E quando é que vamos dar uma voltinha os dois?
- Andrééé! Eu sou uma mulher casada.
- Pois, eu também sou casado. Mas os nossos cônjuges não têm de saber, pois não? Já fizeste mais algum piercing?
- Piercing? Mas eu não tenho piercing!
- Ah! Desculpa, pensei que estava a falar com a Sandra da recepção!!
- (risos) Ai, este gajo! Só tu para deixares uma mulher bem disposta a esta hora da manhã...
- Ok, Sandra. Fico à espera de notícias tuas. E passa-me então à Sandra da recepção, se faz favor (risos)
- Queres que passe mesmo?
- Claro que não, caraças! Estou a brincar contigo! Até amanhã.
- Até amanhã, André. Beijinhos.

Escrevam o que vos digo, amigos teóricos.
O funcionamento da economia não se sustenta numa base de relações de poder e obrigatoriedades legais.
Sustenta-se e sobrevive na comunicação.

Moral da história: apenas mais um dia na Audiolog.

Pensem nisto, seus devedores descarados...

7/20/2005

Ajudem-me! A minha colecção precisa de vós!

Pela primeira vez desde há muito tempo, senti-me "passado para trás"!
Não, não foi no emprego (uma vez que sou o meu patrão), nem na faixa do meio na Segunda Circular (pois conduzo um carro rápido).
Foi num jantar de aniversário.
Em amena cavaqueira lá fui descobrindo que toda a gente na minha mesa possuía uma colecção de qualquer coisa.
Ao meu lado encontrava-se um grande coleccionador de calendários que, segundo a informação que amavelmente me prestou, possui neste momento mais de 5500 exemplares.
A senhora que se encontrava à minha frente não só era coleccionadora de selos, mas também de "sacos comerciais" (Continente, Pão-de-Açúcar, empresas diversas, etc.).
E eu fiquei triste...
Estou há 30 anos neste planeta e, até agora, a única coisa que consegui coleccionar foram uns quilos a mais na barriga.
Mandei toda a gente à fava quando saí do restaurante. Qual noite de borga nas docas de Lisboa, qual caraças! Eu tinha era de ir para casa, reflectir bastante na minha vida, e decidir-me a ter uma colecção!
Algo que possa mostrar aos meus filhos com orgulho, um dia, se os tiver.
Mas coleccionar o quê? Eu gostava de coleccionar carros como Jaguares, Aston Martins, TVR's, etc. Mas isso é uma colecção que sai cara. Para além de que ia gastar outro pequeno balúrdio em seguros e gasolina. A minha colecção tinha de ser acessível, para eu a poder fazer crescer à medida das minhas possibilidades.
E foi então que se fez luz na minha cabeça! Quase que brilhei no escuro!
A colecção que eu estou à procura é de... imagens de códigos de barras!!!
O que é que podia ser melhor que isto??? Tenho um telemóvel que tira fotos e só tenho de o usar cada vez que for às compras numa grande superfície! Melhor ainda, posso pedir a todos os meus amigos e conhecidos (já seguiu sms geral) e, porque não, a todos os leitores do DQD, que me enviem também as suas imagens! E se meter essas imagens num site e permitir que as pessoas mandem para lá as suas imagens também, posso tornar-me - rapidamente - no maior coleccionador mundial de imagens de códigos de barras!!
É obra!
E o que é que podia ser melhor? Um monte de rectângulos brancos e pretos, alinhados geometricamente, milhões deles diferentes em utilização corrente, cada um simbolizando um objecto de consumo distinto, pelo mundo inteiro!!

Por isso, meus queridos leitores e leitoras... preciso da vossa ajuda!
Preciso que me enviem imagens de códigos de barras para começar e aumentar a minha colecção!

Eis as maneiras que têm de me ajudar:

1. Da próxima vez que forem à Fnac, ao Continente, ao Modelo, à drogaria da vossa aldeia ou às compras online na Amazon, tirem uma foto do código de barras com o vosso telemóvel. Passem essa foto para o computador (via Bluetooth ou USB ou o que preferirem);

2. As imagens não têm de ser das compras que fizeram. Se estiverem com os vossos respectivos cônjuges numa superfície comercial e não quiserem aturar dúvidas existenciais sobre que sabonete comprar, desatem a tirar fotos!

3. Não têm de ser forçosamente imagens tiradas com telemóveis. Podem ser tiradas através de máquinas digitais, ou podem até recortar os códigos de barras das embalagens e passá-las no vosso scanner.

4. Digam-me a que produto corresponde o código de barras que enviarem (ex.: pacote de Corn Flakes, garrafa de água de Fastio, vibrador multispeed Double-Intruder, etc.)

Eis o email para o qual devem enviar as vossas imagens, enquanto ainda não receber em número suficiente que justifique a criação de um site especializado: codigodebarras@dizquedisse.com

Fico à espera da vossa contribuição.
Obviamente que o crédito será devido a quem enviar as imagens.
Pelo que o referido site talvez até tenha um Top10 dos maiores contribuidores de imagens, ou coisa do género.

Pensem nisto, seus coleccionadores compulsivos...




Ex.: uma imagem de um código de barras de um carimbo que mandei fazer para a empresa. A imagem está um pouco merdosa, pelo que talvez não seja má ideia tirar as fotos num sítio com boa iluminação...

7/19/2005

Fogos e churrascos

Será que seria muito difícil conjugar os incêndios de Verão com churrascadas?
Assim, aproveitavam-se as brasas para assar umas febras. E enquanto os veraneantes e piqueniqueiros deste país esperassem pela carninha, de papo-seco em punho, podiam ajudar a combater os fogos.

Moral da História: espera-se, a qualquer momento, retaliação dos distribuidores de carvão.

Pensem nisto, seus parolos domingueiros...

7/18/2005

A Guerra dos Mundos

Crítica rápida a esse filme, em apenas duas palavras: bela merda!

Ou para aqueles que preferirem um sumário igualmente rápido da acção do filme:

1. Os extraterrestres chegam
2. Fodem metade da população
3. Morrem de gripe

Conselho de amigo: queime uma nota de 5 euros com um isqueiro. Acredite que lhe proporcionará uma sensação mais interessante que a última obra-prima do Spielberg.

Pensem nisto, seus cinéfilos inconscientes...

7/15/2005

A diferença de uma vogal

Aqui há uns dias, deu um programa na SIC sobre homens que gostam de se arranjar. Homens que, nos tempos que correm, dão pelo nome de "metrossexuais", segundo o dito programa de televisão.
Para começar, sempre pensei que um "metrossexual" fosse um gajo que gostasse de se exibir nas carruagens de Metro. Pelos vistos enganei-me.
Mas quando me falaram no conceito, achei que a palavra correcta fosse "meterossexual", e não "metrossexual". Faz mais sentido que tenha um "e" a seguir ao "t", não faz?
É que "meterossexual" é quase uma derivação de "heterossexual", onde apenas a primeira consoante muda para um "m" de "mulher". Ou seja, um "meterossexual" seria um "heterossexual" mas com manias de gaja. O que é que está errado nesta forma de pensar?
Segundo a SIC, a expressão correcta é "metrossexual". Terá sido um erro ortográfico perpetrado por um produtor menos hábil na língua de Camões? Ou será que a expressão correcta é mesmo sinónima "daquele que vende sexo ao metro"?
O mais engraçado é que nenhum destes substantivos existem no dicionário! Logo, tanto a SIC como eu podemos estar certos.
Será que está na altura de contratar os serviços de um estudioso ou filólogo da Língua Portuguesa?

SIC, como é que é? Fizeram a vossa investigação? Ou acham apenas que escreveram a palavra da maneira correcta?

Pensem nisto, seus blogossexuais destemidos...

7/14/2005

Publicidade citadina

Os leitores mais assíduos deste blog já devem saber que adoro passear de taxi em Lisboa. Não por vontade. Mais por necessidade. Nunca tenho muito tempo a perder e os sítios onde vou, ou ficam perto de uma estação de Metro, ou sou forçado a apanhar um taxi.
Ora hoje ia para uma reunião nas Produções Fictícias, ainda por cima atrasado por causa do trânsito, quando - aliviado da tarefa da condução - deixei a vista deambular pelas paredes desta nossa linda cidade.
E adorei aquilo que vi!
Não há edifício ou esquina que não esteja abrilhantado com publicidade da mais variada espécie.
E é isso que gostaria de analisar neste momento.
Dei-me ao trabalho de contar o número de cartazes e posters que vi pelo caminho, e cheguei a conclusões interessantes.

No quinto lugar do Top5 de publicidade de rua, temos os cartazes de Manuel Maria Carrilho.
Adoro-os! Não tanto como os do Carmona Rodrigues (já lá vamos), mas achei-lhes piada pois não sabia que tinha sido o sr. Carrilho o responsável pela construção da Ponte 25 de Abril. A ver pelo enquadramento da fotografia, com o dito senhor do lado esquerdo, e uma imagem proeminente da ponte 25 de Abril num plano alargado, senti-me invadido por uma sensação de ignorância extrema. Afinal, sempre pensei que o responsável pela edificação da ponte tivesse sido o Salazar. Isto só prova como nos podemos enganar e como o facto de acertamos na maior parte das perguntas do Um Contra Todos não é sinónimo de cultura geral desenvolvida.

No quarto lugar do Top5 vêm, então, os cartazes de Carmona Rodrigues. Ainda não me decidi sobre qual gosto mais (alguém tem imagens ou fotos destes cartazes para se pôr aqui?).
Há um cartaz em que Carmona figura no meio de um montão de gente e que diz qualquer coisa como "Lisboa para todos". Estão lá todos os icons como mandam as boas regras de campanha. O branco, o preto, o oriental, a senhora de idade, o jovem estudante, o trabalhador de meia idade, a rapariga com a criança ao colo e o cegueta mongolóide. Ninguém foi esquecido.
Mas o cartaz que mais gosto é aquele em que Carmona está a arregaçar uma manga, junto ao slogan "Vamos a isto Lisboa". (não, não me esqueci da vírgula antes de Lisboa e que separa o vocativo do resto da frase: é mesmo assim que está escrito no cartaz). Ficamos na dúvida se aquele arregaço de manga de camisa significa que Carmona vai trabalhar pelo bem da cidade, ou se quer dizer qualquer coisa como "Vamos a isto Lisboa, que eu parto-te a tromba toda!". Acho este cartaz um pouco ambíguo. Não se percebe se implica vontade de trabalhar ou propensão para a violência. E como a ambiguidade é um factor letal numa campanha, achei-o ironicamente mal conseguido.

No terceiro lugar do Top5 encontra-se o grafitti. Quando falo de grafitti, não me refiro apenas a essa forma de arte urbana (alguma dela bem interessante). Refiro-me a mensagens como "Ana, perdoa-me!" (se você fosse a Ana, o que é que faria?), "Estar sóbrio é que me vai permitir destruir o sistema por dentro" e merdas desse género. Continuo a achar interessante como há pessoas que se dão ao trabalho de comprar uma lata de tinta para escrever estas tretas nas paredes e - muito provavelmente - esperar que surtam algum efeito (o que suscita algumas dúvidas no caso do gajo que afirma estar sóbrio...).

Em segundo lugar temos os cartazes publicitários do novo livro de Margarida Rebelo Pinto. Eu não tenho nada contra a mulher e, para ser franco, não li o último livro dela. Mas acho piada que exista uma indicação no cartaz que denota "50 mil já leram". Ora se 50 mil já leram aquele livro, porque raio é que se deram ao trabalho de fazer cartazes depois disso?! Acho que não há dúvidas relativamente ao embalo de vendas que o livro leva, pois não? Será necessário emporcalhar a cidade para vender mais alguns exemplares? Giro, giro, seria se dissesse algo como "9 950 000 ainda não leram". Assim a mensagem seria especialmente dirigida à maioria ignorante e não a uma minoria esclarecida.

E em primeiro lugar temos os MILHARES de folhas A4 espalhadas por tudo o que é espacinho livre (às vezes, até por cima de outros cartazes) a dizer coisas como "Computadores - Reparações - Ligue 93 123 45 67". Será que há assim tanta gente a pensar "Porra! Logo agora que precisava de acabar este relatório é que se me f%&$u o computador! Ò Rui, aguenta aí o posto que eu vou ali abaixo sacar o número de telefone de um cromo qualquer que vi numa folha colada no pilar dum viaduto!".
Numa época em que os vírus informáticos, incompatibilidades idiotas, spyware e spam são o prato do dia, confiar num "anúncio" destes não é mesmo estar a pedi-las? É quase como acabar a refeição num restaurante em Chelas, mesmo após termos reparado que o cozinheiro tem uma ferida aberta numa mão e que se encontra um penso ensanguentado misturado no nosso puré.

E pronto.
Eis a minha breve análise da publicidade semi-clandestina que opera actualmente em Lisboa.
Para quando um poster muito simples e clean, branco no preto, a dizer qualquer coisa como "www.dizquedisse.com - Faça o que fizer hoje, não leia este site!"?

Pensem nisto, seus quase-sóbrios publicitários reprimidos...

7/13/2005

A pirâmide invertida

As pessoas dividem-se em duas grandes categorias: aquelas que não comem junk food e aquelas que passam a vida a dizer mal das cadeias desse tipo de comida mas que até vão lá de vez em quando.
Apesar de ser um amante das boas cozinhas deste mundo (portuguesa, italiana, indiana, japonesa, etíope em alturas de dieta, etc.), não temo em afirmar que também gosto de junk food. MacDonalds, KFC, Burger King, todas estas empresas exploradoras de produtos semi-alimentares encontram em mim um grande fã.
E porque é que falo nisto? (como se tivesse de justificar o facto de estar a falar de algo desinteressante... olhai, meus amigos, os blogs que por aí abundam!)
Pois ontem, enquanto desfrutava um grande Big King XXL no Burger King do Colombo, dei comigo a pensar se o facto de gostar de tanta coisa seria falta de selectividade ou sinal de que sou dotado de um horizonte gastronómico muito abrangente.
Como não cheguei a conclusão alguma, passei o resto da tarde puzelizado com a questão (gostam da expressão "puzelizado"? Vem do inglês puzzled. Acabei de inventar um neologismo!)
"É preciso que eu considere a hipótese de que sou um homem extremamente alarve. Daí gostar de tudo e mais alguma coisa.", pensei eu, enquanto procurava uns trocos para comprar um Haagen-Dazs.
Mas sempre que vou a um restaurante e o bife não me aparece como quero, volta para trás mais depressa do que veio. E sempre que as algas do sushi vêm mal enroladas, fico sem vontade de lhes tocar e prefiro comer um bom sashimi. Isto não são manias características de um estivador arruaceiro, pois não?
Por isso, acabei por me convencer que sou um homem com um horizonte gastronómico abrangente. Como aquilo que há de bom para ser comido, e consigo gostar daquilo que muita gente considera mau.
A minha pirâmide alimentar é semelhante à pirâmide invertida de William Burroughs. O fundo encontra-se virado para cima, pois já não há segredos gastronómicos para desvendar. E no pico da pirâmide estou eu, com os meus possantes 140 Kg, a suportar toda a estrutura macro-económica do sector da restauração.
O que vale é que começo o ginásio para a semana...

Moral da história: como dizia o meu nutricionista, antes de ter morrido com um enfarte, "junk food: qual é o mal?"

Pensem nisto, seus obesos anónimos...

7/12/2005

Como sobreviver a um ataque terrorista, parte III

Cara Al Qaeda,

o meu nome é André Toscano e sou o autor de um site (dito) humorístico intitulado Diz Que Disse.
Podem visitá-lo em www.dizquedisse.com , na próxima vez que se acercarem de um computador para investigar os locais que irão bombear.
Todos sabemos que é impossível escapar aos vossos ataques terroristas, apesar de alguns líderes políticos afirmarem que "a guerra contra o eixo do mal será vencida". Adoro as vossas barbas! Lembram-me os ZZ Top! Conhecem a banda?
Por isso, como sei que são pessoas ocupadas, e como calculo que - mais tarde ou mais cedo - se lembrem que Portugal também existe e que também merece ser bombeado, permitam-me que poupe algum trabalho ao vosso departamento de pesquisa.
Deixo-vos alguns endereços de edifícios que poderão atacar, causando assim um grande número de vítimas e prestando simultaneamente um serviço à nossa nação. Todos ganharemos!

Eis então os endereços que deverão tomar nota:

TVI - Televisão Independente
Rua Mário Castelhano, 40
Queluz - Barcarena
(uma dica: ataquem a TVi durante a emissão do programa Fiel ou Infiel... Vão ter a maior audiência de todos os tempos!)

Rádio Clube Português
(na realidade, basta fazerem uma visita ao site da Mediacapital, em www.mediacapital.pt, e retirar todos os endereços de todas as rádios do grupo: Comercial, RCP, Best Rock FM, etc. São todas igualmente más e, curiosamente, todas muito ouvidas)

NBP - Nicolau Breyner Produções
Estrada Verdelha,
Vialonga
(caso não possam, por algum motivo, atacar os edifícios da TVI e da Mediacapital, tentem a NBP. Assim sempre nos livramos das telenovelas merdosas que eles produzem. E sim, haverão muitas vítimas! Basta atacarem durante algumas sessões de gravação)

Isto tratam-se apenas de alguns exemplos que decidi mandar-vos para vos poupar trabalho e poder acelerar a burocracia respeitante a um possível ataque à nossa nação.
Poder-vos-ei enviar mais alguns endereços, se nisso estiverem interessados.
Na eventualidade de quererem efectuar um estudo de campo antes do ataque, agradecia que me notificassem com a devida antecedência, de modo a que possa preparar um autocarro para a excursão bem como alguns comes e bebes representativos da nossa cultura gastronómica.

Obrigado pela vossa atenção, e esperamos ansiosamente pelo vosso ataque aos edifícios acima referidos.

André Toscano
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Moral da história: se não os podes vencer...

Pensem nisto, seus terroristas intelectuais...

7/11/2005

Como sobreviver a um ataque terrorista, Parte II

De acordo com o conselho da mensagem anterior, já se deve ter apercebido que sair de casa cedo - nos dias perigosos que correm - é dos maiores disparates que pode cometer.
Mas se ainda assim você é daqueles que acham que têm que "entrar cedo ao serviço" (e outras expressões igualmente idiotas), nada como um pouco de História contemporânea para lhe trazer alguma segurança:

No dia 11 de Setembro de 2001 despenharam-se quatro aviões comerciais em território americano. Dois deles foram contra as Torres Gémeas, um deles contra o Pentágono (nunca ouvimos falar muito deste, curiosamente... Será por vergonha?) e o quarto acabou por se estatelar algures no estado da Pensilvânia.

No dia 11 de Março de 2004, diversos engenhos explosivos foram detonados nas carruagens e estações de comboio mais movimentadas de Madrid, em plena hora de ponta.

No dia 7 de Julho de 2005 foi a vez de Londres ser atacada. Foram detonadas bombas em diversas carruagens de metro e também nalguns autocarros de dois andares (um icon da vida urbana londrina).

O que é que existe em comum em todos estes ataques?
Todos foram perpetrados em transportes públicos ou aos quais o público em geral tem acesso.

Logo, o segundo conselho Diz Que Disse para evitar ser vítima de um ataque terrorista só pode ser evite os transportes públicos a todo o custo!

Se tiver carro, tire-o da garagem e dê umas voltinhas.
Não tem carro? Compre um. Com 50 euros por mês já consegue adquirir qualquer coisa com quatro rodas, a acreditar nos milhares de anúncios que vemos diariamente na televisão.
Não quer gastar 50 euros por mês, seu forreta? Então ande à boleia, ande de táxi (não! De táxi não, que é um transporte público e pode ter lá uma bomba plantada!), ande de mota, de trotineta, patins em linha ou a pé.

Não ligue aos ecologistas que o aconselham a andar de transportes públicos!
Não passam de meninos mimados que só querem é desimpedir as estradas para poderem tirar os seus carros de grande cilindrada das garagens!

Não seja vítima de um ataque terrorista! Tire o seu carro da garagem!

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Este aviso de serviço público teve o patrocínio da Galp.
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Moral da história: Carros, não podemos viver sem eles.

Pensem nisto, seus condutores invertebrados...

7/08/2005

Como sobreviver a um ataque terrorista, parte I

Caso não tenham tido a perspicácia de reparar, os ataques terroristas costumam acontecer de manhã cedo.
Foi assim em Nova Iorque, em Madrid, e agora em Londres.
Os motivos pelos quais isto acontece devem ser variados. Pode ser que queiram provocar mais vítimas, escolhendo propositadamente as horas mais movimentadas. E como estes ataques acontecem ao início do dia, a cidade onde eles ocorrem fica praticamente paralizada o resto do dia (o que acarreta consequências para a economia da nação).

Eu, porém, acho que o motivo é outro.
Porque recusam e rejeitam o modo de vida ocidental, os árabes fundamentalistas deitam-se cedo, não vêem televisão, não vão jantar fora e muito menos se deixam tentar pelas borgas a que estamos habituados.
Logo, esse é o principal motivo pelo qual se levantam muito cedo.
O que explica os horários dos atentados.

Ou seja, se quiser sobreviver a um ataque terrorista, comece por levantar-se tarde e a más horas!

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Este aviso de serviço público foi patrocinado Diz Que Disse: o amigo de quase todas as horas.
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Moral da história: deitar tarde e tarde erguer, mantém a saúde e faz descer (as probabilidades de ser apanhado num atentado terrorista)

Pensem nisto, seus ocidentais pecaminosos...

As forças opostas

Acho que as pessoas feias são muito sobrevalorizadas nos dias que correm.
Querem os mesmos direitos que nós, seres bonitos e quase perfeitos. Ganham o mesmo no local de trabalho, pagam o mesmo preço por um bilhete de cinema e ainda se dão ao luxo de achar que podem frequentar, impunemente, qualquer local público em hora de maior movimento.
Hoje em dia, as pessoas queixam-se das coisas mais absurdas. Fezes dos animais de estimação na via pública, por exemplo. Mas nunca se ouve o vizinho do sétimo esquerdo a queixar-se da fronha horrenda do seu co-habitante do terceiro direito na reunião de condóminos, pois não?

- Boa tarde. Mesa para um? Deseja zona de fumadores ou não fumadores?
- Tanto se me dá. Leve-me mas é para a zona da gente gira, por favor! - é o que me apetece dizer de vez em quando - a vida é curta demais para ter de comer um bitoque enquanto vislumbro uma cara repleta de acne e verrugas.

No entanto, as pessoas pirosas populam indiscriminadamente o mesmo espaço que as pessoas atraentes.
Assim não pode ser!
Porque não haver duas horas de ponta? Uma para pessoas bonitas, outra para os abortos deste país? Até se ajudava a descongestionar o trânsito e a afluência aos transportes públicos.
E não me digam que seria complicado garantir que todos os restaurantes deste país fossem divididos com paredes de gesso, passando a ter entradas distintas (e casas-de-banho também, obviamente)!
O que há é falta de vontade e coragem para tomar estas decisões!

Por outro lado, talvez a variedade seja algo interessante. Quem é que gostaria de viver numa cidade repleta de pessoas todas iguais? (exceptuando os neo-nazis, o Alberto João Jardim e aquela cambada de parolos do Partido da Nova Democracia)
A variedade é uma coisa bonita.
É natural.
E é aí que reside a piada das pessoas. Não pela sua beleza implícita (ou falta dela), mas pelo jogo de diferenças que faz com que tanto os mais feios como os mais bonitos queiram ser melhores do que aquilo que são.

Os humanos devem ser os seres vivos mais indecisos e insatisfeitos à face da Terra.

Moral da história: estou a poupar dinheiro para ir até à Corporacion Dermoestética fazer uns implantes de silicone. No outro dia liguei para lá e disse-lhes que estava mal de finanças, perguntando-lhes se não me podiam implantar apenas uma mama postiça ao meio do peito. Desligaram-me o telefone. Pelos vistos, é assim que querem angariar novos clientes!

Pensem nisto, seus vendidos aos espanhóis...

7/06/2005

Um pouco a despropósito...

Saiba o que realmente aconteceu na cidade industrial de Nevropolis.

Clique aqui para ser absorvido na experiência.

Moral da História: e viva os "Audioblogs"! Chegaram finalmente à internet.

Pensem nisto, seus alternativistas urbanos...

7/05/2005

Galinhas na bruma


Enquanto esperava que o curandeiro me retirasse as sansessugas das pernas, deixei os meus pensamentos fluirem relaxadamente. E pensei naquilo que normalmente penso quando os meus pensamentos fluem relaxadamente. Pensei em galinhas.
Será que se as galinhas tivessem rodas, em vez de pernas, existiriam competições de velocidade e casas de apostas especializadas?
Será que as capoeiras possuiriam pequenas estradas pavimentadas? E estações de serviço? Seriam certamente mais pequenas que as nossas. E não conhecendo bem os hábitos alimentares das galinhas, acho que arrisco em afirmar que os franchises do Kentucky Fried Chicken não seriam vistos com bons olhos.

No fundo, há paralelos muito interessantes, à espera de serem traçados, entre as vidas das galinhas e as vidas dos humanos.
São difíceis de descobrir pois a maior parte das pessoas não compreende esse exercício como uma necessidade.
E, para todos os efeitos, eu também não.
É esse um dos motivos causadores de grande parte das minhas angústias existenciais. Mas, ao mesmo tempo, um dos motores que me impulsiona para viver. A sensação de saber que existem tantas inutilidades à espera de descoberta que só serei feliz se desvendar umas quantas.

Moral da história: sabia que se uma sansessuga se agarrar ao seu corpo, por mais que tente puxá-la ela não sairá? São necessárias técnicas especiais para as tirar do nosso corpo (ou então esperar que elas bebam o sangue que quiserem. Sairão sozinhas depois. As sansessugas são dos poucos seres com os quais os humanos partilham uma relação verdadeiramente simbiótica.)

Pensem nisto, seus parasitas nosferatizados...

7/04/2005

Laive Eide

Acho piada à ideia de se fazerem concertos para ajudar as populações mais empobrecidas deste planeta. Normalmente porque, juntamente com o concerto, está em acção toda uma maquinaria de marketing e produção de eventos.
São os concertos propriamente ditos, a direcção artística, a produção do espectáculo em si, aluguer de equipamentos e técnicos, as entrevistas para a televisão e rádio, as t-shirts e merchandising diverso, o conteúdo televisivo que consiste em documentários sobre as regiões mais subdesenvolvidas do planeta e que acompanham os intervalos dos concertos, as receitas publicitárias gigantescas auferida pela publicidade paga a peso de ouro durante a transmissão dos mesmos, etc. etc. etc. No fundo, acho que não está em questão saber se alguma ajuda chega ou não aos países mais pobres. O que eu gostava de saber é se será que chega lá tanta ajuda como aquela que chega aos bolsos dos organizadores de eventos e patrocinadores.

Por isso, pús-me a pensar (muita gente detesta quando eu faço isto), e descobri um sistema que fará com que os países, bem como o indivíduo, possam contribuir de uma forma justa e de acordo com as suas possibilidades.

O governo mandará fazer algumas dezenas de milhões de t-shirts. Isto terá de se passar a nível europeu, senão mesmo mundial!
Essas t-shirts nem precisam de ser pagas pelo Estado. As empresas de telemóveis, por exemplo, poderão suportar a despesa, com a contrapartida de poderem colocar o seu logotipo na parte traseira da t-shirt.
E na parte da frente apenas se encontrará uma letra do alfabeto. Bem grande!
E a ideia é a seguinte: cada família e cada indivíduo requisitará t-shirts, com diferentes letras do alfabeto, de modo a poder construir palavras de apoio. Como sabemos que os portugueses gostam de pendurar bandeiras nas janelas e estendais, daí às t-shirts é apenas um pulinho. Os hipermercados até poderão fazer uma super-campanha para aproveitar o evento e anunciar que oferecerão N molas de roupa por cada X euros de compras efectuadas.
Após a data da colocação das t-shirts nos estendais, uma brigada de fotógrafos, paga pelo Estado (ou patrocinada pela Kodak), viajará pelo país inteiro, fotografando todas as janelas, estendais e paus de vassoura onde se encontrar uma palavra de apoio escrita com t-shirts.
O número de palavras encontradas equivalerá um chamado "valor base" (que poderá ser qualquer coisa como 4 milhões). E é nessa altura que o Ministério das Finanças - em conjunção com o Ministério da Cultura - entrará em acção.
Somam-se o número de palavras de apoio (que poderão ser os tais 4 milhões). Por cada palavra que possua uma ortografia incorrecta (como "Apoia", "Solariedade" ou "Não à pubresa"), desconta-se um ponto ao valor base.
Como grande parte dos portugueses não sabe escrever correctamente a sua língua, isto significa que o valor base baixaria rapidamente de 4 milhões para, digamos, 200 000.
E aí está! Esse é o valor, em euros, com que o Governo contribuirá para acalmar a aflição dos países mais pobres e subdesenvolvidos.
Os países mais avançados, que possuem taxas de analfabetização mais reduzidas, obviamente contribuirão com mais.
Tudo bem.
Os sacanas podem!

A ideia que tive inicialmente, da qual já desisti, foi de organizar torneios de ténis entre chimpanzés das diferentes cidades do mundo que possuem jardins zoológicos. Chimpanzés esses que - curiosamente - tiveram como sua primeira casa os próprios países que o programa se proporia a ajudar.

Mas depois achei que a ideia das t-shirts era melhor, pois também ajuda o nosso sector têxtil (que se encontra em crise profunda).

Moral da história: e você? Que mensagem de apoio construiria? Eu já escolhi a minha "Tragam de volta o Duarte & Companhia!"

Pensem nisto, seus bem feitores escanzelados...

7/01/2005

Barreirinhas

Antes de dar o meu apoio público a Pablo Mendez, gostaria de saber se ele era coerente.

Você sabia que, por vezes, é um(a) verdadeiro(a)

SACANA!

Passo a explicar...
Há uns tempos tive a coragem, leiam bem, a CO-RA-GEM de escrever um post sobre a realidade de Pablo Mendez.
(clique aqui para ler essa mensagem)
E nem uma pessoa, repito, nem uma pessoa se dignou a manifestar a sua solidariedade por este nosso amigo.
Apenas uma entrada anónima, ainda por cima colocada por mim mesmo, e nada mais!
É verdadeiramente desconcertante!
E depois ainda nos perguntamos porque é que este país não vai para a frente...

Meus amigos, os portugueses sempre foram um povo solidário.
Já na altura de Cristovão Colombo os portugueses trocavam - de bom grado - pedaços de madeira de estimação por ouro com os nativos americanos.
E quando Bob Geldof decidiu fazer o seu primeiro Live Aid, os portugueses ajudaram a colocar aquela música manhosa no Top de vendas.
Nós somos um povo que gosta de ajudar!
E é só por isso que não percebo a indiferença das pessoas em relação à difícil situação de Pablo Mendez.

Por isso, tomei uma decisão.
Não vou deixar aqui mais uma única mensagem enquanto este post não receber, pelo menos, 10 comentários de apoio ao nosso Pablito!

Entretanto, deixo-vos com a foto do nosso amigo colombiano, para que percebam que ele podia facilmente passar por vosso pai ou avô.
E pergunto-vos, muito sinceramente: gostariam de ter um pai ou um avô nesta situação?

Pensem nisto, e até breve...





PS: agora até me dá vontade de rir só de me lembrar que ainda pensei em fazer t-shirts a dizer "Salvem Pablo Mendez!" na parte da frente, com o endereço do Diz Que Disse na parte de trás! Ia vender imensas...