Tetris
Estava eu entretido com um jogo de Tetris no meu telemóvel enquanto esperava para ser ouvido pelo juiz quando se fez luz na minha cabeça! A nossa vida é, aparentemente, similar a um jogo de Tetris!
Ora vejamos, tal como na vida real, os nossos dias são passados a tentar encaixar peças no lugar. Manejamos aquelas peças que sabemos, tentamos manejar outras de modo a controlar minimamente o curso da nossa vida. Há dias que correm melhor que outros, tal como as jogadas que fazemos no Tetris. Há dias em que tudo corre horrivelmente mal, mas sabemos que no dia (jogada) seguinte talvez a coisa se componha. Há até dias em que tudo parece correr bem e, surpresa do acaso, levamos com uma daquelas peças nojentas que não encaixam em lado algum! Mas tudo bem, pois a experiência ensina-nos que, naquelas alturas em tudo parece correr mal, lá aparece uma daquelas tábuas de salvação que resolvem vários problemas de uma assentada só.
Para além disso, se quisermos partir para o plano sexual, podemos até admitir que a sexualidade humana se baseia na questão de encaixe ou recepção de peça. Sem qualquer juízo de moral, a verdade é que uns gostam de encaixar, outros gostam de receber. Sejam homens, mulheres, homens com homens ou mulheres com mulheres (sim, porque existem toda uma gama de produtos no mercado - para não falar de dez dedos em duas mãos - que podem ser utilizados para preencher qualquer lacuna tetriana em qualquer dos sexos). Aqueles que não gostam de uma coisa nem de outra estão, pura e simplesmente, afastados do jogo.
Por isso, estou firmemente convicto de que o Tetris é um jogo viciante porque é muito parecido com a vida humana.
E jogar Tetris, consequentemente, é um treino activo para a vida.
(foi esta a melhor desculpa que encontrei para ter trocado a minha leitura de casa-de-banho por um jogo de telemóvel)
Moral da história: apesar do Tetris ter nascido em 1985, as estatísticas indicam que é o jogo que mais gente joga em todo o mundo.
Pensem nisto, seus jogadores tetrificados...
1 Comments:
Gostei muito. Mesmo muito principalmente das analogias. Beijos, ISA.
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