O nono mês
Prefere navegar com as fuças mergulhadas no rio em vez de se encontrar sempre à margem? Leia as mensagens anteriores ("Oitavo mês", "Sétimo mês", ... , "Primeiro mês" e "A Sorte Grande") e fique por dentro do contexto!
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O nono mês do resto da minha vida seria dedicado a um projecto que sonho concretizar desde os meus tempos idos de menino.
Pergunta: qual é a relação entre uma bola feita de papel de alumínio ou prata e a visualização do fundo do rio Tejo a olho nu?
Ai, minhas amigas, (fazer aquele ar apaneleirado do Manuel Luís Goucha) eu acho que existe uma relação muito estreita! Mas existe.
Quase toda a gente utiliza papel de alumínio para a conservação de alimentos, dentro ou fora do frigorífico. Estatisticamente, cerca de 76% da população portuguesa activa afirma comprar regularmente rolos de papel alumíno, sendo que 34,3% desses 76% chega mesmo a comprar dois ou mais rolos por mês. Na realidade, estas estatísticas foram inventadas agora mesmo. Mas ouvi dizer num programa qualquer que quando se introduzem estatísticas e percentagens num discurso, cerca de 91% das pessoas dão mais credibilidade à informação...
Bem, como eu dizia, com uma quantidade tão grande de gente a utilizar papel de alumínio, porque não organizar uma recolha monumental dos restos, amachucá-los e enrolá-los sobre si próprios, criando uma bola colossal capaz de envergonhar qualquer organizador olímpico?
Essa bola seria, então, largada do topo do Parque Eduardo VII, em Lisboa, e rolaria pela Avenida da Liberdade abaixo, dirigindo-se velozmente em direcção ao Tejo. Com grande cobertura mediática (ocorre-me que talvez até consigamos esmagar alguns repórteres da TVi...), o percurso da nossa bolita seria seguido e aplaudido por milhares de cidadãos à medida que se deslocaria em direcção ao Rossio, com transmissão para todos os canais televisivos, nacionais e internacionais.
No final do percurso, a DQBola afundar-se-ia estrondosamente nas águas no Tejo, provocando uma vaga gigante capaz de reduzir o tsunami asiático a uma simples onda numa piscina de periquitos.
O fundo do Tejo ficaria sem água (pelo menos durante um bocado), o que nos deixaria observar aquilo que realmente lá se encontra (como a entrada secreta para a base espacial extraterrestre que existe desde os tempos da padeira de Aljubarrota e cuja existência o governo teima em negar).
Juntamente com isto, transformaríamos toda a margem Sul até à Arrábida num complexo subaquático, o que só auferiria vantagens para os lisboetas:
1. O trânsito matinal nas pontes deixaria de existir, uma vez que os cidadãos da margem Sul passariam a usar meios de transporte como batiscafos e submarinos (já que Portugal estoirou tanto dinheiro nestas merdas, porque não utilizá-las para uma boa causa, criando assim um novo passe subaquático para os cidadãos margem-sulistas?);
2. O alagamento brutal da Margem Sul de Lisboa significa que a Arrábida passaria a ter uma linha costeira muito maior, transformando-a, efectivamente, numa península. Isso não só ajudaria a auferir grandes receitas turísticas, como facilitaria o combate aos incêndios em alturas de Verão, pois haveria mais água prontamente disponível para ser bombeada para os diversos carros (barcos?) de bombeiros;
3. As vantagens científicas e arqueológicas também seriam imensas! Investigadores de renome poderiam então organizar sessões arqueológicas de mergulho (o que ajudaria também a economia do sector de vendas de produtos de diversão aquática), ajudando-os a estudar em primeira mão, e por métodos comparativos, a formação da cidade de Atlântida (por exemplo);
E pensar que tudo isto poderia ser conseguido através da simples reciclagem de papel de alumínio...
Moral da história: a reciclagem é uma coisa bonita e nós gostamos muito.
Pensem nisto, seus recicladores aço-inoxidados...
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O nono mês do resto da minha vida seria dedicado a um projecto que sonho concretizar desde os meus tempos idos de menino.
Pergunta: qual é a relação entre uma bola feita de papel de alumínio ou prata e a visualização do fundo do rio Tejo a olho nu?
Ai, minhas amigas, (fazer aquele ar apaneleirado do Manuel Luís Goucha) eu acho que existe uma relação muito estreita! Mas existe.
Quase toda a gente utiliza papel de alumínio para a conservação de alimentos, dentro ou fora do frigorífico. Estatisticamente, cerca de 76% da população portuguesa activa afirma comprar regularmente rolos de papel alumíno, sendo que 34,3% desses 76% chega mesmo a comprar dois ou mais rolos por mês. Na realidade, estas estatísticas foram inventadas agora mesmo. Mas ouvi dizer num programa qualquer que quando se introduzem estatísticas e percentagens num discurso, cerca de 91% das pessoas dão mais credibilidade à informação...
Bem, como eu dizia, com uma quantidade tão grande de gente a utilizar papel de alumínio, porque não organizar uma recolha monumental dos restos, amachucá-los e enrolá-los sobre si próprios, criando uma bola colossal capaz de envergonhar qualquer organizador olímpico?
Essa bola seria, então, largada do topo do Parque Eduardo VII, em Lisboa, e rolaria pela Avenida da Liberdade abaixo, dirigindo-se velozmente em direcção ao Tejo. Com grande cobertura mediática (ocorre-me que talvez até consigamos esmagar alguns repórteres da TVi...), o percurso da nossa bolita seria seguido e aplaudido por milhares de cidadãos à medida que se deslocaria em direcção ao Rossio, com transmissão para todos os canais televisivos, nacionais e internacionais.
No final do percurso, a DQBola afundar-se-ia estrondosamente nas águas no Tejo, provocando uma vaga gigante capaz de reduzir o tsunami asiático a uma simples onda numa piscina de periquitos.
O fundo do Tejo ficaria sem água (pelo menos durante um bocado), o que nos deixaria observar aquilo que realmente lá se encontra (como a entrada secreta para a base espacial extraterrestre que existe desde os tempos da padeira de Aljubarrota e cuja existência o governo teima em negar).
Juntamente com isto, transformaríamos toda a margem Sul até à Arrábida num complexo subaquático, o que só auferiria vantagens para os lisboetas:
1. O trânsito matinal nas pontes deixaria de existir, uma vez que os cidadãos da margem Sul passariam a usar meios de transporte como batiscafos e submarinos (já que Portugal estoirou tanto dinheiro nestas merdas, porque não utilizá-las para uma boa causa, criando assim um novo passe subaquático para os cidadãos margem-sulistas?);
2. O alagamento brutal da Margem Sul de Lisboa significa que a Arrábida passaria a ter uma linha costeira muito maior, transformando-a, efectivamente, numa península. Isso não só ajudaria a auferir grandes receitas turísticas, como facilitaria o combate aos incêndios em alturas de Verão, pois haveria mais água prontamente disponível para ser bombeada para os diversos carros (barcos?) de bombeiros;
3. As vantagens científicas e arqueológicas também seriam imensas! Investigadores de renome poderiam então organizar sessões arqueológicas de mergulho (o que ajudaria também a economia do sector de vendas de produtos de diversão aquática), ajudando-os a estudar em primeira mão, e por métodos comparativos, a formação da cidade de Atlântida (por exemplo);
E pensar que tudo isto poderia ser conseguido através da simples reciclagem de papel de alumínio...
Moral da história: a reciclagem é uma coisa bonita e nós gostamos muito.
Pensem nisto, seus recicladores aço-inoxidados...
1 Comments:
reciclar é bom é optimo, mas quem fica com o dinheiro ou se enche com o dinheiro, das coisas(nossas) que damos para reciclar?
nos outros paises esse dinheiro reverte para comunidade(uma parte) piscinas, campos de futebol, jardins, cá não..pois claro
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