Tecnologias (in)úteis
Todos aqueles que andaram de taxi em Lisboa, nos últimos meses, devem ter reparado na mania das divisórias plásticas.
"Tudo bem", pensa o leitor, "até os taxistas têm de se proteger da criminalidade. Não é por serem um bando de energúmenos tagarelas que são menos que os outros.". E tem toda a razão!
O problema é que essa "segurança" é conseguida à custa do espaço traseiro. Ou seja, tendo quase dois metros de altitude, sempre que entro num taxi já não sei se hei-de entrar de frente ou de costas (e o mesmo problema coloca-se para sair, como é óbvio).
Agora pergunto eu: em que raio de negócio, expectuando a Portugal Telecom e todas as empresas do grupo, é que o conforto do vendedor é conseguido à custa do desconforto do comprador? Pode parecer uma pergunta parva, mas não seria o taxista que se deveria habituar a andar com o volante entre as coxas para eu, o consumidor do serviço, poder ir à vontade? Especialmente com o aumento dos combustíveis que, sem dúvida, se reflectirá no aumento das bandeiradas? Os taxistas não deviam andar de bolinha baixa e tratar os seus clientes como reis?
Mas ainda assim eu era capaz de fechar os olhos a este desconforto. Tudo bem. O homem tem medo de ser assassinado ou assaltado, eu estou ali por pouco tempo, que se foda, certo?
Mas o que me chateia nestes passeios é perceber que a suposta segurança que me traz este desconforto não passa de uma tanga!
Ora ia eu hoje para a consulta da minha ginecologista quando tive de apanhar um taxi em Lisboa. Lá entrei de mergulho para dentro do dito, e foi então que me pús a pensar se seria ou não simples assaltar uma viatura com as tais divisórias plásticas.
Meus amigos, como as fotos seguintes o demonstram, atacar um taxista deve ser a coisa mais simples que se pode fazer em Lisboa! (Tentem!)
Puxei do meu telemóvel que possui uma câmara fotográfica ainda virgem, e desatei a tirar algumas fotos.
Portanto, no caso do taxista Almeida Martins (vi o nome dele naquelas plaquinhas que eles afixam junto ao rádio e por baixo dos pinheirinhos que penduram no retrovisor), atacá-lo, roubá-lo e violá-lo (e porque não? se me vou tornar um criminoso, ao menos que seja um criminoso a sério!) seria extremamente fácil.
Ora vejam bem as fotos que tirei e digam-me lá quantos defeitos encontram neste brilhante sistema de segurança:
É por estas e outras que eu acho que a segurança não deve ser um direito de todos.
Tem de ser merecida!
Moral da História: quem disse que as câmaras fotográficas nos telemóveis não servem para nada?
Pensem nisto, seus inseguros plastificados...
"Tudo bem", pensa o leitor, "até os taxistas têm de se proteger da criminalidade. Não é por serem um bando de energúmenos tagarelas que são menos que os outros.". E tem toda a razão!
O problema é que essa "segurança" é conseguida à custa do espaço traseiro. Ou seja, tendo quase dois metros de altitude, sempre que entro num taxi já não sei se hei-de entrar de frente ou de costas (e o mesmo problema coloca-se para sair, como é óbvio).
Agora pergunto eu: em que raio de negócio, expectuando a Portugal Telecom e todas as empresas do grupo, é que o conforto do vendedor é conseguido à custa do desconforto do comprador? Pode parecer uma pergunta parva, mas não seria o taxista que se deveria habituar a andar com o volante entre as coxas para eu, o consumidor do serviço, poder ir à vontade? Especialmente com o aumento dos combustíveis que, sem dúvida, se reflectirá no aumento das bandeiradas? Os taxistas não deviam andar de bolinha baixa e tratar os seus clientes como reis?
Mas ainda assim eu era capaz de fechar os olhos a este desconforto. Tudo bem. O homem tem medo de ser assassinado ou assaltado, eu estou ali por pouco tempo, que se foda, certo?
Mas o que me chateia nestes passeios é perceber que a suposta segurança que me traz este desconforto não passa de uma tanga!
Ora ia eu hoje para a consulta da minha ginecologista quando tive de apanhar um taxi em Lisboa. Lá entrei de mergulho para dentro do dito, e foi então que me pús a pensar se seria ou não simples assaltar uma viatura com as tais divisórias plásticas.
Meus amigos, como as fotos seguintes o demonstram, atacar um taxista deve ser a coisa mais simples que se pode fazer em Lisboa! (Tentem!)
Puxei do meu telemóvel que possui uma câmara fotográfica ainda virgem, e desatei a tirar algumas fotos.
Portanto, no caso do taxista Almeida Martins (vi o nome dele naquelas plaquinhas que eles afixam junto ao rádio e por baixo dos pinheirinhos que penduram no retrovisor), atacá-lo, roubá-lo e violá-lo (e porque não? se me vou tornar um criminoso, ao menos que seja um criminoso a sério!) seria extremamente fácil.
Ora vejam bem as fotos que tirei e digam-me lá quantos defeitos encontram neste brilhante sistema de segurança:
É por estas e outras que eu acho que a segurança não deve ser um direito de todos.
Tem de ser merecida!
Moral da História: quem disse que as câmaras fotográficas nos telemóveis não servem para nada?
Pensem nisto, seus inseguros plastificados...
3 Comments:
Num país onde és atendido nas lojas e restaurantes como se te tivessem a fazer um favor, não queiras milagres e logo com os taxistas...
Gostei especialmente do pormenor d ires para uma consulta da tua ginecologista :D eheh
Precisamente!
Eu disse que ia "para uma consulta da minha ginecologista". Não disse que ia a uma consulta de ginecologia.
Há uma diferença subtil... ;-)
Seja como for, não posso mencionar o nome da pessoa. Acho que a Ordem dos Médicos não ia gostar de saber que anda por aí uma ginecologista que deixa um amigo assistir às consultas desde que vista uma bata branca e finja ser um estagiário! ;-)
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