Coisas importantes, parte III
Mudei de ideias novamente!
Afinal o espaço não é importante para o ser humano, tal como vos tentei convencer no post anterior.
"Ai o caraças!", responde o leitor indignado, "então primeiro o tempo era importante, depois passou a ser o espaço, e agora não é nenhum deles?!". É verdade, caros amigos.
E vejamos porquê.
Que raio de mérito haverá em executar uma tarefa que só nós podemos executar? Se mais ninguém o faz, como podemos saber se o estamos a fazer bem ou não?
Nós só possuimos mérito naquilo que fazemos quando se trata de algo que outros fazem também, mais ou menos nos mesmos moldes. Só assim nos podemos comparar e distinguir. E é o jogo entre a comparação e a distinção ou merecimento que proporcionam mérito. Diria até que o mérito é o berço do capitalismo.
É claro que há pessoas a discordar de mim neste momento. São capazes de jurar, enquanto calçam os seus ténis para irem fazer o seu jogging matinal (fabricados no Vietman por mão-de-obra infantil), que são anti-capitalistas. E são mesmo. Nem têm problemas em dizê-lo aos amigos no seu telemóvel de terceira geração enquanto ajeitam os óculos da Armani e entram para o seu automóvel...
Ora como descrevi no post anterior (e a falta de comentários leva-me a crer que toda a gente concordou comigo), o espaço que ocupamos é apenas nosso. Ninguém pode ocupar o espaço que a nossa matéria ocupa no mesmo instante. É fisicamente impossível.
Que raio de mérito é que isso tem, então?!
Não tivemos de fazer grande coisa para merecer esse espaço, pois não? Estejamos vivos ou mortos, o espaço que ocupamos é sempre nosso.
E como isso é um direito que nos é conferido quando vimos a este mundo e passamos a possuir um corpo, não acredito que seja algo assim tão importante.
Importante é a respiração, isso sim!
Sem ela não conseguimos inalar oxigénio. O oxigénio é um agente vital para o ser humano.
Logo, a respiração é uma acção vital.
E se uma acção vital tem de ser considerada como importante para nós - nisto devemos estar todos de acordo - então a inacção de pura e simplesmente existir não pode ser assim tão significativa.
Portanto, vivá respiração!
Vivó oxigénio!
Vivá acções vitais que precisamos realmente de executar!
Moral da história: os praticantes activos de meditação juram a pés juntos (e corpo deitado) que o controlo da respiração é o pré-requisito mais importante para o relaxamento; sempre que precisamos de nos acalmar devemos respirar fundo duas ou três vezes; um controlo preciso da respiração pode fazer a diferença entre um parto sem dores ou uma experiência extremamente infeliz; e o que seria dos atletas se não respirassem sincronizadamente com o exercício? A respiração, como vêem, é uma coisa importantíssima!
Pensem nisso, seus respiradouros imundos...
Afinal o espaço não é importante para o ser humano, tal como vos tentei convencer no post anterior.
"Ai o caraças!", responde o leitor indignado, "então primeiro o tempo era importante, depois passou a ser o espaço, e agora não é nenhum deles?!". É verdade, caros amigos.
E vejamos porquê.
Que raio de mérito haverá em executar uma tarefa que só nós podemos executar? Se mais ninguém o faz, como podemos saber se o estamos a fazer bem ou não?
Nós só possuimos mérito naquilo que fazemos quando se trata de algo que outros fazem também, mais ou menos nos mesmos moldes. Só assim nos podemos comparar e distinguir. E é o jogo entre a comparação e a distinção ou merecimento que proporcionam mérito. Diria até que o mérito é o berço do capitalismo.
É claro que há pessoas a discordar de mim neste momento. São capazes de jurar, enquanto calçam os seus ténis para irem fazer o seu jogging matinal (fabricados no Vietman por mão-de-obra infantil), que são anti-capitalistas. E são mesmo. Nem têm problemas em dizê-lo aos amigos no seu telemóvel de terceira geração enquanto ajeitam os óculos da Armani e entram para o seu automóvel...
Ora como descrevi no post anterior (e a falta de comentários leva-me a crer que toda a gente concordou comigo), o espaço que ocupamos é apenas nosso. Ninguém pode ocupar o espaço que a nossa matéria ocupa no mesmo instante. É fisicamente impossível.
Que raio de mérito é que isso tem, então?!
Não tivemos de fazer grande coisa para merecer esse espaço, pois não? Estejamos vivos ou mortos, o espaço que ocupamos é sempre nosso.
E como isso é um direito que nos é conferido quando vimos a este mundo e passamos a possuir um corpo, não acredito que seja algo assim tão importante.
Importante é a respiração, isso sim!
Sem ela não conseguimos inalar oxigénio. O oxigénio é um agente vital para o ser humano.
Logo, a respiração é uma acção vital.
E se uma acção vital tem de ser considerada como importante para nós - nisto devemos estar todos de acordo - então a inacção de pura e simplesmente existir não pode ser assim tão significativa.
Portanto, vivá respiração!
Vivó oxigénio!
Vivá acções vitais que precisamos realmente de executar!
Moral da história: os praticantes activos de meditação juram a pés juntos (e corpo deitado) que o controlo da respiração é o pré-requisito mais importante para o relaxamento; sempre que precisamos de nos acalmar devemos respirar fundo duas ou três vezes; um controlo preciso da respiração pode fazer a diferença entre um parto sem dores ou uma experiência extremamente infeliz; e o que seria dos atletas se não respirassem sincronizadamente com o exercício? A respiração, como vêem, é uma coisa importantíssima!
Pensem nisso, seus respiradouros imundos...
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