A dualidade epistemológica, por Kuhn
André: penso que a própria dualidade desodorizante-barato-Nivea/camisa-preferida-da-Gucci pode ser estendida a outros problemas sérios da humanidade, enquanto espera que o cabelo seque e se escolhem meias do chão que não cheirem mal ao ponto de as pessoas mudaram de banco no metro e nos chamarem porcos mas isto já é desconversar. Se Carrilho quiser, no seu leito, ler as Revoluções do Kuhn, como o impedir de atingir um clímax paradoxal? Não me refiro apenas à incapacidade da Bárbara Guimarães controlar a sua emissão de baba e machar o livro porque já lá vão os tempos que lia Rosa Luxemburgo e Simone de Beauvoir, que o marido, então noivo, lhe ofereceria para a convencer a não rapar as pernas e dizer palavrões. Vou mais longe e refiro-me ao próprio conceito de mudança de paradigma entre a mama esquerda e a direita, conhecido como o problema da hipóstafase dos mamilos. Que diferença há entre as duas mamas que justifique uma mudança convicta de paradigma? Não são simétricas? É pois um problema que ultrapassa o simplismo do desodorizante e da camisa preferida. Espero ter-te feito sentido um grande egoísta.
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